Os 40 policiais militares que estavam presos no Batalhão da Polícia Militar começam a ser liberados após a chegada do presidente da Associação, Evandro Rodrigues.
A soldado Juliana, que foi presa no movimento, explica que até as 6h desta sexta-feira (12) o valor da diária não havia sido depositada na conta dos 40 policiais, de diversas patentes. "Hoje vai ser inaugurada a Companhia de São Miguel do Tapuio e os 120 policiais de Teresina não quiseram viajar também. O nosso comandante, major Josinaldo deu voz de prisão a todo mundo. O capitão Evandro chegou, o major vai pegar a declaração de todo mundo e vamos ser liberados", declara.
Ela explica que o ônibus no qual os policiais seriam transportados também estava irregular. "Não tinha cinto, não tinha placa, os pneus estavam em mau estado e o motorista é um soldado. Para dirigir tem que ser cabo e ter curso de emergência e ele não tinha. Vamos responder depois, mas vamos ser liberados", acrescenta. A soldado reiterou que ninguém do Batalhão irá viajar para São Miguel do Tapuio.
O comandante do Batalhão, Major Josinaldo, em entrevista ao site Campo Maior em Foco, informou que todos os militares foram atuados por desobediência e não teriam direito à diária porque a alimentação e alojamento em São Miguel do Tapuio estavam garantidos.
Toda a tropa de 40 policiais militares da 14º Batalhão da Polícia Militar de Campo Maior está reclusa no quartel da cidade. O Comando de Policiamento do Interior da PM determinou que todos os integrantes da tropa fossem presos por desobediência. Os integrantes se recusaram a viajar para a cidade de São Miguel do Tapuio onde, nesta sexta-feira (12), o governador Wilson Martins inaugura uma Companhia de Polícia e estava programada uma desfile militar.
De acordo o capitão Evandro Rodrigues, presidente da Associação de Cabos e Soldados, o imbróglio começou porque 120 policiais militares de Teresina se recusaram a participar do evento em São Miguel do Tapuio. "Então eles pensaram que poderiam levar o pessoal de Campo Maior, por lá ser uma cidade do interior, ninguém se queixaria, mas não conseguiram. Então o Coronel Jaime determinou a prisão de todos, do tenente ao soldado por desobediência", pontua.
A Associação explica que os 120 teresinenses, compostos por integrantes de grupos especiais e da Banda de Música, deviam viajar para São Miguel às 4h da manhã e chegaram a se apresentar para o embarque no CFAP, mas se recusaram por conta das diárias.
“Em Campo Maior, o coronel Jaime e o comandante do Batalhão, major Josinaldo, disseram para o sub-comandante, capitão Cléber, fazer a prisão, mas ele se recusa a dar voz de prisão à tropa”, afirma Evandro. O presidente da Associação está indo para Campo Maior com advogados a fim de liberar os policiais.
Fonte: http://www.cidadeverde.com/cerca-de-120-pms-estao-presos-em-batalhao-de-campo-maior-82336
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